quarta-feira, 8 de maio de 2013

E a Educação?


Fiquei sem postar por 10 dias porque a semana que passou foi meio atribulada e estou fazendo um curso na Rice University, em  Houston, Texas, o que tem me consumido algumas horas por semana.

A propósito, trata-se de um curso on-line de excelente qualidade e gratuito.  Mais sobre os cursos disponíveis em http://coursera.org/, que congrega 69 instituições americanas, japonesas e de vários países da Europa, oferecendo cursos on-line gratuitos em diversas áreas.  Basta ter um computador, conexão à internet (de preferência em banda larga) e saber inglês.

Também o Massachusetts Institute of Technology - MIT, a Yale University, a Stanford University e muitas outras instituições de primeira linha oferecem cursos on-line gratuitos.  E cada curso on-line conta com dezenas de milhares de alunos.

Se o conhecimento de inglês é uma barreira, começam a surgir alternativas:
 
Outro dia, conversando em um dos estados mais pobres do Brasil, uma professora universitária justificava a necessidade de investimentos em indústrias para criar empregos.  Fiquei pensando que, com a enorme deficiência do sistema educacional naquele estado, no curto prazo apenas uma pequena parte desses empregos seria preenchida pela população local.  Não expressei meu pensamento porque no contexto seria impróprio.
 
Ouvi o ex-ministro Maílson da Nóbrega comentar em um programa de TV que o valor investido em educação vinha aumentando nos últimos anos, mas isso não se traduzia em melhora do ensino na mesma proporção por falta de gestão.  Não pude ainda analisar as informações disponíveis, mas à primeira vista Maílson parece ter razão.
 
Entre 2005 e 2010 o investimento público direto em educação, por estudante, cresceu 30% no nível superior e duplicou na educação básica(*).  Infelizmente, a julgar pelo que vemos em todas as áreas e níveis de governo no país, é difícil crer que esses valores tenham sido bem aplicados.
 
Estamos à beira de uma revolução na educação.  Não há sentido que, com toda a tecnologia atualmente disponível, continuemos a adotar o mesmo modelo, apenas substituindo quadro negro e giz por mouse e monitor.  Temos no Brasil pessoas criativas e capacitadas, capazes de alavancar este salto.  Falta definir os objetivos, reunir as pessoas certas e dar prioridade.  Com vontade política e sem deixar que as escolhas sejam ditadas por interesses outros - sejam eles partidários ou até piores. 
 
Quem se habilita?  Presidente Dilma?  Senador Aécio?  Governador Campos?  Sra. Marina Silva?
 
A hora é agora.  Ou, mais uma vez, o Brasil vai chegar atrasado. 

(*) Fonte: portal.inep.gov.br/estatisticas-gastoseducacao; valores reais, corrigidos pelo IPCA

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