sábado, 24 de abril de 2010

O aeroporto morto

Sempre fui fascinado pelos grandes aeroportos. Pessoas indo para e vindo de mil lugares diferentes, aviões que chegam e partem, viajantes apressados, famílias de férias, uma babel de idiomas e vestimentas.

Tudo em constante movimento, ir e vir incessante, noite e dia, chova ou faça sol, sempre. Sempre.

Retido em Paris pelas cinzas do vulcão de nome impronunciável, em meio a informações desencontradas e intermináveis filas multilíngues para não-sei-o-quê nas quais todos conversavam, descobri um aeroporto diferente.

Com exceção de uma pequena área onde nos acotovelávamos tentando ir ou voltar, o imenso aeroporto estava deserto, silencioso. Os painéis que informam os horários de partidas e chegadas, escuros. As lojas fechadas. Como se tornaram enormes e vazios os saguões e corredores normalmente apinhados, em verdadeira ebulição.

Caminhei pelo aeroporto, sozinho. Aqui, alguém sentado, com expressão de desânimo. Mais além, um casal caminhando lentamente, esperando o tempo passar. E, acima de tudo, o silêncio. Os alto-falantes não emitiam um som. Pessoas, quase não havia. O silêncio era impressionante.

Orly estava morto.

Aproveitei a oportunidade e tirei algumas fotografias.





















































































































































Um comentário:

  1. Bem registrado..esse silêncio,esse ´´deserto`` me faz lembrar de filmes hollywoodianos em que alguma catástrofe ocorre (como sempre) e a cidade pára. O aeroporto ou outro local em que esteja, dá uma sensação de melancolia, de paz e também uma outra perspectiva,você observa coisas que, talvez, não perceberia se tivesse um monte de pessoas.

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