Uma coisa que me encanta nos países europeus são músicos tocando nas ruas.
Aqui no Brasil isso não é tão comum. Nos meus caminhos habituais a exceção é Ademir com seu saxofone no Largo da Carioca, objeto de matérias em revistas e retratado pela lente de Gustavo Malheiros no livro "Anônimos Famosos_2002 Rio de Janeiro", presente que apreciei e aprecio.
Por diversas vezes parei para ouvir o sax de Ademir. Na agitação do Largo da Carioca, bem na saída do metrô, a música começa soando estranha em meio ao movimento mas em poucos momentos, como por magia, torna-se protagonista. A pressa, o corre-corre, a agitação adquirem cores surrealistas - pressa para quê? Mesmo que o artista esteja distante de um virtuose, a música restitui o sentido e a importância das coisas.
Viajando, não resisto: ao encontrar algum desses saltimbancos invariavelmente paro, aprecio, peço permissão para fotografar e contribuo em retribuição.
Seguem algumas fotos recentes, em Lisboa e Paris.
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